Perspectivas econômicas para 2022

A instabilidade financeira em todo o mundo está ativa desde 2008, quando houve uma crise econômica global. De lá para cá, muitos países, inclusive, o Brasil passaram por momentos de altos e baixos. No entanto, foi no início de 2020 que a situação ficou ainda mais preocupante.

            O aparecimento da pandemia do coronavírus fez crescer as incertezas, o que perdurou por 2021. Agora, restam as perspectivas econômicas para 2022, que não são tão positivas como empresários dos mais variados segmentos de mercado gostariam, nem mesmo para o comércio exterior.

            E se você também quer saber mais a respeito desse assunto, continue lendo o artigo e confira as informações reunidas nos tópicos a seguir.

  • Panorama do que é esperado da economia para 2022
  • Quais os impactos no comércio exterior

Panorama do que é esperado da economia para 2022

            Entre outros aspectos, o avanço da vacinação contra o coronavírus foi um dos destaques de 2021. Isso fez com que os consumidores, governos, empresários e entidades se mostrassem positivos em relação ao futuro.

            Porém, apesar de porcentagens significativas da população terem se vacinado ao longo do ano, nem todas as pessoas aderiram à vacina. Dessa forma, surtos de novos casos foram averiguados em diversos países e até mesmo surgiram variantes que fizeram aumentar em pouco tempo o número de infectados.

            Esse cenário refletiu diretamente na economia do Brasil e do mundo. Afinal, com trabalhadores infectados e tendo que se afastarem dos seus postos de serviço, as empresas passam a produzir menos ou a reduzir a quantidade de serviço prestado.

            Junto a isso, é possível citar os desastres naturais, que também refletem de maneira direta na economia. O mesmo pode ser dito das altas taxas de desemprego no país, que fazem com que as pessoas tenham menor poder de compra e assim reduzem os seus gastos, prejudicando a economia como um todo.

            Por isso, o que é esperado da economia para 2022 depende crucialmente da contenção da pandemia. Se essa medida se concretizar, é possível voltar à situação anterior ao início da pandemia, mesmo que leve algum tempo, sem contar que nesse caminho estão previstos ainda inúmeros desafios.

             Entre eles, a principal é a recuperação da economia, que depende também de medidas governamentais, em especial, do governo federal, que precisa criar políticas públicas adequadas e eficientes.

            Além disso, diferentes instituições financeiras preveem um PIB menor para 2022, bem como uma inflação ainda mais alta e juros cada vez mais elevados. É importante entender que essas questões estão interligadas.

            Isto é, inflação maior e juros em alta são previstos porque os especialistas acreditam que a inflação no próximo ano deve ficar acima do que já era esperado. Por consequência, o Banco Central precisa subir mais os juros, o que tem efeito negativo sobre o consumo das famílias e o investimento das empresas.

            Também é esperado da economia para 2022 o baixo crescimento da renda da população. Embora haja uma melhora ela não será suficiente, o que pode ocorrer em 2023, quando os especialistas projetam que a renda vai voltar aos níveis existentes antes do início da pandemia.

Quais os impactos no comércio exterior

            As nem tão boas perspectivas econômicas para 2022 não são uma realidade apenas do Brasil. Especialistas afirmam que o ano será marcado por uma desaceleração global, o que reflete no país, em especial, no que diz respeito à demanda e ao preço das commodities que são exportadas.

            A crise hídrica e a possibilidade de racionamento de energia são outros fatores que refletem na economia e, por consequência, no comércio exterior. Como já dito, esses problemas não são vistos somente em território nacional, mas em outros países, como é o caso da China.

            E por falar em China, no ano de 2022 quem importa e exporta ainda terá que trabalhar com os desafios que marcaram o ano anterior. Além da situação caótica gerada pelo alto custo do frete no transporte internacional de mercadorias, houve uma imensa escassez de contêineres para o comércio exterior.

            A boa notícia é que especialistas preveem que a situação consiga se estabilizar ao menos no começo do segundo semestre de 2022. De todo o modo, até lá, será preciso lidar com uma menor oferta de produtos e com preços mais elevados, uma vez que a falta de matéria-prima perdura em muitos setores.

            A situação, principalmente, refere à falta de contêineres, por outro lado, não afeta todos os setores da indústria brasileira. Estão a salvo as empresas que exportam minério de ferro, que não precisam deles, sendo que o mesmo ocorre com o setor graneleiro, que exporta soja, milho e outras commodities agrícolas.

            Especialistas afirmam, inclusive, que para o comércio exterior existem desafios específicos, que se ultrapassados podem contribuir imensamente com o crescimento do setor. Entre eles, é necessário superar as dificuldades estruturais, trabalhistas e burocráticas que atrasam esse crescimento.

            Desse modo, recomenda-se que seja discutida e aprovada a reforma tributária, que seja iniciada a reforma administrativa, que haja concessões e privatizações em infraestrutura logística e que seja implementado o Acordo de Facilitação do Comércio.

            Mais uma medida essencial é a conclusão da área de importação do Portal Único de Comércio Exterior. Com isso, a importação e a exportação se tornam facilitadas, devido à redução da burocracia e dos custos existentes.

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